Cannabis ou Cânhamo Indiano

sexta-feira, 24 de abril de 2009




A marijuana ou liamba e o haxixe provêm do cânhamo indiano ou simplesmente cannabis. A marijuana apresenta-se sobre a forma de folhas esmagadas (erva) e é habitualmente fumada, podendo ser enrolada em cigarros, inaladas em rapé e também mascada ou dissolvida na boca em pastilhas. O haxixe surge sobre a forma de comprimido em blocos sólidos, castanhos ou esverdeados, e fuma-se sob a forma de cigarro (charro) ou num cachimbo (pipo), misturado com tabaco. Estas drogas podem, também, ser misturadas com alimentos, sumos, chá ou bebidas alcoólicas, sendo o seu uso ocasional bastante frequente nos jovens.

A cannabis provoca efeitos alucinogénios, quando inalada ou ingerida. O efeito do haxixe e da marijuana varia muito de pessoa para pessoa.

Estas drogas, em termos psíquicos, podem provocar:
· Prazer;
· Bem-estar;
· Euforia;
· Intensificação da consciência sensorial;
· Maior sensibilidade aos estímulos externos;
· Ideias paranóicas;
· Confusão de pensamentos;
· Sonolência;
· Relaxamento;
· Instabilidade no andar;
· Alteração da memória imediata;
· Diminuição da capacidade para a realização de tarefas que requeiram operações múltiplas e variadas;
· Lentificação da capacidade de reacção;
· Défice na aptidão motora ou interferência na capacidade de condução de veículos e outras máquinas.

Quando ingerida em lugares desconhecidos com pessoas com pouca experiência, esta droga pode ter efeitos negativos como ansiedade e ataques de pânico, aos quais se podem acrescer sintomas de depressão. Em caso de consumo intensivo, durante uma crise grave da puberdade, podem ser observados atrasos no desenvolvimento mental e predominância de determinados estados psíquicos de carência: moleza, angústia, aborrecimento.

Em termos físicos, como habitualmente os produtos derivados da cannabis são misturados com tabaco e fumos, o risco para a saúde, semelhante ao do tabaco, situa-se ao nível das vias respiratórias (bronquite crónica, cancro do pulmão), digestivas (gastrites), sistema locomotor (aterosclerose). O consumo destas drogas pode provocar também o aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial sistólica quando se está deitado e a sua diminuição quando se está de pé, congestão dos vasos conjuntivais (olhos vermelhos), dilatação dos brônquios, diminuição da pressão intra-ocular, foto-fobia, tosse e diminuição do lacrimejo.

Contrariamente à heroína, ao álcool ou aos medicamentos, o abandono do consumo da cannabis raramente desencadeia fenómenos de carência física. Por isso, não se pode afirmar que desencadeie uma dependência física directa. Porem, se o consumo for intensivo, poderá surgir uma habituação psíquica. O “charro” quotidiano, embora não justifique um aumento sistemático da dose, torna-se necessário para proporcionar um sentimento de bem-estar.




Bibliografia:

http://www.idt.pt/PT/Substancias/DerivadosdaCannabis/Paginas/Historico.aspx
http://www.psicologia.com.pt/instrumentos/drogas/ver_ficha.php?cod=canabinoides

Fonte da imagem: http://www.google.pt/

(consulta 13.02.09)

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