Um primeiro olhar sobre a droga...

terça-feira, 18 de novembro de 2008



A história das drogas é a história da humanidade. Fizeram parte essencial da sua cultura, dos seus rituais religiosos, das suas relações humanas... evoluindo ao mesmo tempo que os homens e as mulheres que as consomem.

A amplitude do termo "droga" reflecte esta longa evolução, fazendo referência a um elevado número de substâncias com distintos efeitos sobre a percepção, o pensamento, o estado de ânimo ou as emoções, com diferente capacidade para produzir dependência e com significados diferentes para aqueles que as consomem.

Constantemente ouvimos falar de drogas leves ou pesadas, discute-se o verdadeiro alcance dos efeitos do álcool ou formula-se a questão de saber se os derivados da cannabis produzem dependência ou não. O café, as drogas de síntese ou o tabaco, protagonizam inumeráveis conversas, mas nem sempre se dispõe de informação exacta acerca da sua origem e dos seus efeitos.

Entre as substâncias analisadas poderemos encontrar informação acerca dos cannabinóides, uma das substâncias que maior debate social está a gerar. Uma nova conceptualização do consumo de drogas produziu-se a partir do consumo do ópio e seus derivados, entre os quais a heroína. O LSD, as drogas de síntese, o inalante. são outras substâncias cujos efeitos e características serão descritos a seguir. Outro tipo de substâncias, os esteróides anabolizantes, suscitam cada vez mais preocupações pela sua utilização que se estende aos ginásios ou simplesmente a jovens que querem melhorar a sua imagem corporal. Por fim, não se deverão esquecer os psicofármacos, ou seja, substâncias receitadas por médicos que muitas vezes são utilizadas indevidamente para fins que não os terapêuticos.

Por último, o tabaco, o álcool e as xantinas (chá, café e cacau) constituem um grupo de substâncias que, pelo seu carácter legal, fazem parte das nossas vidas. O seu consumo quotidiano pode levar-nos a pensar que carecem de riscos, mas basta uma breve olhadela para os efeitos a curto e longo prazo do tabaco ou o álcool para nos darmos conta da importância dos problemas de vária ordem que produzem.



Bibliografia:
A informação utilizada é resultado de um trabalho conjunto da FAD-Fundación de Ayuda Contra la Drogadicción de Madrid, SPTT, e IEFCS-Instituto Europeo para la Formación e Consulenza Sistémica (Itália), com o apoio da Comissão Europeia no âmbito do Programa Leonardo da Vinci – Programa Europeu de Formação Profissional.
http://www.idt.pt/id.asp?id=p5

Fonte da imagem: www.google.com

O que é a Droga?



Actualmente toda a gente já tem uma ideia do significado da palavra droga. Em linguagem comum, droga tem um significado de coisa má, sem qualidade. Já em linguagem médica, droga é quase sinónimo de medicamento. O termo droga teve origem na palavra droog (holandês antigo) que significa “folha seca”, isto porque antigamente quase todos os medicamentos eram feitos à base de vegetais. Actualmente a medicina define droga como sendo: qualquer substância que é capaz de modificar a função dos organismos vivos, resultando em mudanças fisiológicas ou de comportamento.

A palavra psicotrópico é composta de duas outras: psico e trópico. Psico é fácil de se entender, pois é uma palavra grega que significa nosso psiquismo (o que sentimos, fazemos e pensamos, o que cada um é). Mas trópico relaciona-se com o termo tropismo que significa “ter atracão por”. Então psicotrópico significa atracção pelo psiquismo e drogas psicotrópicas são aquelas que actuam sobre o nosso cérebro, alterando a nossa maneira de sentir, de pensar e, muitas vezes, de agir. Mas estas alterações do nosso psiquismo não são sempre no mesmo sentido e direcção. Obviamente elas dependem do tipo de droga psicotrópica que foi ingerida.

O Sistema Nervoso Central (SNC), contido na caixa craniana, tem como principal órgão o cérebro. Dependendo da acção no cérebro, as drogas psicotrópicas são divididas em três grandes grupos:

Um primeiro grupo é aquele de drogas que diminuem a actividade do nosso cérebro, ou seja, deprimem o funcionamento do mesmo, o que significa dizer que a pessoa que faz uso desse tipo de droga fica "desligada", apática, desinteressada pelas coisas. Por isso estas drogas são chamadas de Depressoras da Actividade do Sistema Nervoso Central.

Num segundo grupo de drogas psicotrópicas estão aquelas que actuam por aumentar a actividade do nosso cérebro, ou seja, estimulam o funcionamento fazendo com a pessoa que se utiliza dessas drogas fique "hiperactiva", "eléctrica", sem sono. Por isso essas drogas recebem a denominação Estimulantes da Actividade do Sistema Nervoso Central.

Finalmente, há um terceiro grupo, constituído por aquelas drogas que agem modificando qualitativamente a actividade do nosso cérebro; não se trata portanto, de mudanças quantitativas como de aumentar ou diminuir a actividade cerebral. Aqui a mudança é de qualidade. O cérebro passa a funcionar fora do seu normal e a actividade cerebral fica perturbada. Por essa razão este terceiro grupo de drogas recebe o nome de Perturbadores da Actividade do Sistema Nervoso Central.


Entrevista

sexta-feira, 14 de novembro de 2008



Realizamos uma entrevista a uma aluna que frequenta o 12º ano para apurar a sua opinião a respeito do consumo de drogas na adolescência.

1. Qual a tua opinião acerca do consumo de drogas na adolescência?
Eu acho que o consumo de drogas na adolescência é exagerado pois consomem muitas drogas devido às influências dos amigos e que as drogas estão muito acessíveis. Ao longo dos tempos o consumo de drogas tem vindo a aumentar consideravelmente.

2. Consideras que o consumo de substâncias afecta o desempenho dos adolescentes, ou os alunos com mais dificuldades têm maiores probabilidades de recorrer ao consumo de drogas?
Eu acho que o consumo exagerado de drogas afecta o desempenho dos adolescentes pois quer eles queiram ou não ao longo dos tempos torna-se uma dependência, o que faz com que eles tenham um péssimo desempenho. Também acho que os alunos com mais dificuldades têm mais probabilidade de recorrer ao consumo de drogas porque, por exemplo os “speeds”, aumentam a concentração dos alunos e capacidade de memorização, logo é muito mais provável que os alunos com mais dificuldades venham a recorrer a esses comprimidos do que um aluno que tem maiores capacidades de memorização e menos dificuldades.

3. Achas que as companhias têm influência para que um adolescente inicie o consumo de drogas? Porquê?
Depende das pessoas. Uma pessoa pode ter uma personalidade muito forte e pensar que não vai consumir drogas porque não é isso que a vai inserir no grupo ou uma pessoa pode ter uma personalidade mais fraca e depender muito da maneira de pensar e de agir dos amigos.

4. Tens conhecimento acerca das consequências do consumo de drogas?
Mais ou menos. Sei que cria dependência e diminui as nossas capacidades mentais, e pode mesmo vir a causar a morte.

5. Achas que a informação actualmente disponível é suficiente para consciencializar os adolescentes sobre os riscos do consumo de drogas? Se não, o que sugeres que seja transmitido e como?
Eu acho que por um lado, independentemente da informação disponível, os jovens têm sempre tendência a seguir as influências dos amigos. Por outro lado, acho que existe a necessidade de uma maior divulgação de informação sobre os riscos do consumo de drogas através de cartazes, panfletos, publicidade institucional.

6. Qual a tua opinião a respeito dos centros de reabilitação? Conheces algum?
Não conheço nenhum mas acho que so surtem efeito se as pessoas em questão aceitarem que têm um vício e estiverem dispostas a combatê-lo.

7. O que achas essencial para a reabilitação total da toxicodependência?
Acima de tudo a força de vontade de cada um, o apoio da família e dos amigos, a tomada de iniciativa na busca de ajuda.